
Assim, Gêngis e seus exércitos, liderados por seus filhos e irmãos, embarcam em uma grande viagem através dos atuais Irã e Iraque e pela costa do Mediterrâneo. Conquistando cidade após cidade, um império após outro, por meio da guerra, do medo e da persuasão, o poder mongol domina toda a região.
O grande cã construiu um império maior do que qualquer outro homem. Durante essas campanhas, seus filhos e irmãos disputavam o favoritismo, o direito de liderar o mais bem-sucedido de seus exércitos e de realizar as maiores conquistas, para ser escolhido como sucessor.
Gêngis já provou ser um grande guerreiro. Agora, seu desafio é mostrar-se um governante e líder excepcional para seu povo, alguém que possa coordenar sua sucessão sem sobressaltos. Sua estratégia – descobrir novos territórios, cobrar tributos dos povos conquistados e devastar as cidades que resistem – é uma forma de dispersar as rivalidades entre os herdeiros e ajudar a definir aquele que será o próximo cã.
Das terras férteis dos jin até as áridas rochas do Afeganistão, mesclando ficção e acurada pesquisa histórica, Iggulden tece um épico fascinante sobre o conquistador mais enigmático da história, aqueles que o temiam, aqueles que o desafiaram e aqueles cujos ossos deixou para trás. (Editora Record)
Mais um livro que não estava na minha lista original do
Desafio Literário para este mês, embora planejasse lê-lo ainda este ano. Só que
me deu uma super vontade de ler esse livro recentemente, então já que ele se
encaixava perfeitamente no tema, por que não unir o útil ao agradável?
“Os ossos da colinas” é o terceiro livro da série “O
conquistador” na qual o autor Conn Iggulden reconta a história do imperador
mongol Gêngis Khan e seus descendentes.
Primeiro deixe-me
contar um pouquinho a minha relação com a série. Fui descobri-la há uns dois
anos (na época do lançamento do segundo livro), e como sou apaixonada por
ficção histórica, especialmente se tratar de temas pouco comuns, fiquei muito
interessada afinal, quantos livros você já viu que falem sobre o Império
Mongol? Então comprei o primeiro livro, “O lobo das planícies”. Só que quando
ele chegou acabou ficando “encostado” na estante por um bom tempo, até que
quase um ano depois resolvi dar uma chance e lê-lo e a minha primeira reação
foi “Por que eu demorei tanto para ler
isso???”. Simplesmente me apaixonei pelo livro e pela narrativa do autor. E
fui correndo comprar os outros livros e minha impressão com o segundo livro (Os senhores do arco) se manteve nas alturas. Só que resolvi dar um intervalo para
ler o terceiro livro para não acabar me cansando do tema (sempre faço isso ao
ler séries ou livros de um mesmo autor). E então agora finalmente chegou a hora
de “Os ossos das colinas”.
ATENÇÂO: A resenha pode conter spoilers para quem não leu os primeiros livros da série.
Em “O lobo das planícies” acompanhamos o menino Temugin, que
na sua infância era filho do Khan de uma importante tribo e após a morte do pai
se vê expulso de sua tribo junto com sua família, sem abrigo sem comida o
menino é obrigado a lutar pela vida. Mas Temugin sobrevive e se torna um
comandante de um exército e toma uma decisão que mudaria a história. O jovem
comandante percebe que o que sempre enfraqueceu o povo mongol foi sua desunião,
provocada pelo Império Jin (atual China), e resolve então unir seu povo em uma
única grande nação e para isso torna-se o cã do mar de capim: Gêngis Khan. Já
em “Os senhores do arco” vemos Gêngis reunindo todas as tribos em uma só,
enfrentando guerras e as muralhas das cidades Jin na tentativa de ampliar seus domínios.
Além de enfrentar o inimigo ancestral, ele precisa lidar com os ressentimentos
entre as antigas tribos, mediar os conflitos entre seus irmãos ambiciosos Kachium
e Khasar e enfrentar seus próprios conflitos internos ao ver os filhos
crescendo.
No terceiro livro temos um Gêngis já envelhecido e que abandona
a batalha contra um Império Jin praticamente derrotado para lutar nas terras
árabes, enfrentando um inimigo forte, que está sob o comando do grande Xá, e uma
cultura dominada pelo Islamismo, que Gêngis não consegue compreender. As batalhas mais uma vez são descritas com
perfeição que você quase pode sentir-se dentro delas, sentir o cheiro de
sangue, do suor e da morte.
Um dos pontos mais interessantes aqui é a disputa entre os
filhos de Gêngis para quem o irá suceder no comando do grande império mongol. Afinal
o próprio Khan se sente dividido entre Jochi (considerado quase um bastardo e
tratado com extrema frieza e ás vezes até com crueldade) e Chagatai (que apesar
de ser muito parecido fisicamente com o pai é um não tem o mínimo de caráter),
além dos filhos menores, mas que são considerados muito jovens para entrar
nessa disputa. E está guerra interna tomará proporções impensáveis.
Não vou entrar mais em detalhes para não correr o risco de
contar spoilers. Mas só posso dizer uma coisa sobre este livro e os
outros: é sensacional. LEIAM!!! Não há como não se encantar.
OBS: A série ainda possui outros dois livros “Império da prata” e “Conqueror” (este último ainda sem tradução no Brasil)